Líder da Igreja da Inglaterra defensor da agenda LGBT renuncia após escândalo de abusos

  • 13/11/2024
Líder da Igreja da Inglaterra defensor da agenda LGBT renuncia após escândalo de abusos
Líder da Igreja da Inglaterra defensor da agenda LGBT renuncia após escândalo de abusos (Foto: Reprodução)

O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder da Igreja da Inglaterra e da Comunhão Anglicana global, anunciou sua renúncia em meio à revolta gerada por um escândalo envolvendo o encobrimento de abusos.

Em uma declaração divulgada no site da Igreja da Inglaterra na terça-feira (12), Welby anunciou sua decisão de renunciar, após ter recebido “a graciosa permissão” do Rei Charles III.

"A Revisão Makin expôs a conspiração de silêncio mantida por tanto tempo sobre os abusos hediondos de John Smyth", declarou Welby.

"Quando fui informado em 2013 e me disseram que a polícia havia sido notificada, acreditei, de forma equivocada, que uma resolução apropriada seguiria."

A "Makin Review" (Revisão Makin, em português) é uma investigação independente encomendado pela Equipe Nacional de Salvaguarda da Igreja e liderada por Keith Makin, com o objetivo de examinar como a Igreja da Inglaterra lidou com as alegações de abuso perpetradas por John Smyth, um ex-advogado e líder de um grupo cristão.

Agenda LGBT

Recentemente, Justin Welby divulgou uma declaração pública sobre sua aceitação não apenas das relações homossexuais, mas também do sexo fora do casamento.

O líder espiritual da Igreja da Inglaterra disse que sexo fora do casamento é aceitável se ocorrer em um relacionamento estável.

O pensamento de Welby “evoluiu ao longo dos anos” para “incluir as pessoas LGBTQ+ de maneira mais plena na vida da Igreja”, justificou o Palácio de Lambeth, a residência oficial do Arcebispo de Canterbury.

Sua resposta foi dada em entrevista no podcast The Rest is Politics, quando ele foi questionado se considerava o sexo gay um pecado.

O arcebispo já havia sido questionado sobre o mesmo tema pelo mesmo entrevistador em 2017, quando respondeu:

“O que o arcebispo de York e eu, assim como a maioria dos bispos, chegaram a um consenso, embora não unânime, é que toda atividade sexual deve acontecer dentro de um relacionamento comprometido, seja este heterossexual ou gay”.

Abusos de jovens

O falecido Smyth foi acusado de abusar fisicamente de jovens em acampamentos nos anos 1970 e 1980. A revisão busca estabelecer o que a Igreja sabia sobre os abusos, o que deveria ter sabido de acordo com as melhores práticas da época e recomendar mudanças para evitar que tais abusos ocorram novamente.

"É muito claro que devo assumir a responsabilidade pessoal e institucional pelo longo e retraumatizante período entre 2013 e 2024", declarou Welby.

O arcebispo prosseguiu dizendo que esperava "que essa decisão deixe claro o quão seriamente a Igreja da Inglaterra entende a necessidade de mudança e nosso profundo compromisso em criar uma igreja mais segura."

"Os últimos dias renovaram meu sentimento profundo e duradouro de vergonha pelas falhas históricas de proteção da Igreja da Inglaterra. Por quase doze anos, lutei para implementar melhorias. Cabe aos outros julgar o que foi feito", afirmou.

"Enquanto isso, cumprirei meu compromisso de me reunir com as vítimas. Delegarei todas as minhas outras responsabilidades atuais em relação à proteção até que o processo necessário de avaliação de riscos esteja completo."

Welby acreditava que sua renúncia "é do melhor interesse da Igreja da Inglaterra" e orou para que "essa decisão nos aponte de volta ao amor que Jesus Cristo tem por cada um de nós."

A investigação

No início deste mês, uma investigação independente publicou um relatório, conhecido como Relatório Makin, que revelou que John Smyth provavelmente abusou de mais de 100 meninos e jovens adultos enquanto participavam de acampamentos cristãos entre o final da década de 1970 e o início da década de 1980.

John Smyth faleceu em 2018, aos 75 anos, enquanto residia no Zimbábue. As autoridades britânicas estavam processando sua extradição para o Reino Unido para que ele enfrentasse as acusações. 

"Apesar dos consideráveis esforços de indivíduos para chamar a atenção das autoridades competentes sobre a extensão e o horror da conduta de Smyth, incluindo por vítimas e alguns clérigos, as medidas tomadas pela Igreja da Inglaterra e por outras organizações e indivíduos foram ineficazes e não expuseram completamente nem impediram novos abusos por parte dele", afirmou o relatório investigativo, conforme citado pela Episcopal News Service.

Pedidos de renúncia

Muitos acusaram Welby de não ter agido de forma adequada quando as alegações confiáveis de abuso foram relatadas a ele e a outros líderes da igreja em 2013, com o arcebispo enfrentando crescentes pedidos para renunciar.

Na semana passada, foi iniciada uma petição online solicitando a renúncia de Welby, que reuniu mais de 13.000 assinaturas antes de sua decisão de deixar o cargo.

"Dado o seu papel em permitir que o abuso continuasse, acreditamos que sua permanência como Arcebispo de Canterbury já não é mais viável. Devemos ver mudanças, em favor dos sobreviventes, para a proteção dos vulneráveis e para o bem da Igreja", afirmou a petição.

"Com tristeza, acreditamos que não há alternativa à sua renúncia imediata, se o processo de mudança e cura deve começar agora."

FONTE: http://guiame.com.br/gospel/noticias/lider-da-igreja-da-inglaterra-defensor-da-agenda-lgbt-renuncia-apos-escandalo-de-abusos.html


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 10

top1
1. Deus Proverá

Gabriela Gomes

top2
2. Algo Novo

Kemuel, Lukas Agustinho

top3
3. Aquieta Minh'alma

Ministério Zoe

top4
4. A Casa É Sua

Casa Worship

top5
5. Ninguém explica Deus

Preto No Branco

top6
6. Deus de Promessas

Davi Sacer

top7
7. Caminho no Deserto

Soraya Moraes

top8
8.

Midian Lima

top9
9. Lugar Secreto

Gabriela Rocha

top10
10. A Vitória Chegou

Aurelina Dourado


Anunciantes